sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Morre o Rei do Brega Reginaldo Rossi


Publicado em 20.12.2013, às 10h16
Reginaldo Rossi morre depois de um mês internado

Marília Banholzer
Do NE10

Aos 70 anos "O Quente" se foi, porém o Rei do Brega nunca perderá sua majestade. A Música Popular Brasileira ficou mais triste com a morte do cantor e compositor pernambucano Reginaldo Rossi. 

O ídolo de uma enorme massa bregueira teve falência múltipla dos órgãos às 9h25 desta sexta-feira (20), após quase um mês de uma luta inglória contra um recém descoberto câncer de pulmão. 

Agora, os bailinhos promovidos pelo rei e seus súditos serão lembrados com muita saudade, deixando em pedaços os corações daqueles que acompanhavam uma carreira de sucesso que começou em 1964. Ele deixa esposa, com quem era casado há cerca de 30 anos, e dois filhos.



Quando você foi embora, os dias pra mim foram tristes demais. Nunca pensei que você fizesse a falta que agora me faz. (Quando Você Foi Embora - Reginaldo Rossi)




Rossi tinha uma vida desregrada. Bebia e fumava muito - doces pecados. Amigos e familiares alertavam, mas ele vivia como se estivesse em plena lua de mel com seus fãs. Porém o rei foi traído pela idade, que lhe trouxe graves problemas de saúde.



Noticia da morte:


https://www.youtube.com/watch?v=NR5bGgW5i-Y


Músicas aqui:
https://www.youtube.com/watch?v=FoKsWSv09jM&list=PL8D23248B5C924B63

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

10 Anos sem Johnny Cash


Já faz algum tempo que eu me afastei um pouco dos meus discos do Johnny Cash. O fato de ele ser ouvido até por gente que não conhece nada (ou não gosta) de country vem me irritando bastante. Sei que isso é bobo, um certo preciosismo descabido – mas o que eu posso fazer, se sou tolo desse jeito? Bom, só sei o que eu não posso fazer. Não posso deixar passar o dia de hoje em branco. Hoje, 12 de setembro de 2013, completam dez anos desde que o homem de preto disse suas últimas palavras. Dez anos sem Johnny Cahs. 

E hoje, também, eu percebo o quão fútil foi todo esse afastamento artificial. Não há como não admirar e se apaixonar por Cash, e hoje não tem como, pelo menos por alguns instantes, ficar com os olhos umedecidos pela ausência que ele representa na nossa vida.

Escrever aqui sobre o que foi Johnny Cash é um tanto quanto complicado. A sua história é longa; sua trajetória foi estelar, marcada por altos e baixos, repleta de ambiguidades – ambiguidades essas que representam bem o homem que Johnny Cash foi. Um cara que já afundou no álcool e nas drogas, que depois se salvou – mas que mesmo durante toda a perdição, permaneceu cantando belíssimos hinos gospel. 

Explodiu como um míssil dirigido ao infinito, junto com seus amigos na Sun Records; teve uma bonita vida ao lado de June Carter, tanto na música quanto fora dela; foi figura chave do princípio do rock ‘n’ roll e também no chamado outlaw country. Como pensar sobre a música ocidental do século XX e não pensar em Johnny Cash?

Johnny e June na prisão Folsom.

Seja cantando sobre a prisão de Folsom ou sobre os nativos americanos, ou mesmo falando de Deus, o que fica é aquela voz profunda e grave, ecoando por todos os cantos da vida dos amantes de country – e também da do público ‘não especializado’. Por isso, vale a pena relembrar de algumas obras e canções marcantes do cantor e compositor. Mas já fica o aviso: vamos trilhar esse caminho de recordações a partir das minhas próprias experiências com a obra do Homem de Preto, então pode ser que algumas coisas fiquem de fora e outras ‘estranhamente’ sejam incluídas. Esse, afinal, é um relato pessoal em busca da minha própria redenção frente a esse santo da música country.

Na verdade, vou reduzir bastante a minha seleção. Falarei apenas das últimas obras gravadas pelo nosso herói: os seis volumes conhecidos como The American Recordings. Essas gravações são, obviamente, extremamente populares – em especial por causa canções como “Hurt”. A sacada do Rick Rubin foi, por certo, genial e apresentou Cash para uma nova geração de ouvintes, até este tolo que voz escreve. Além dos covers muito bem arranjados de canções populares dos anos 80 e 90, há músicas menos famosas que me cativam por demais. E, também, ao darmos uma olhada nesses seis álbuns, poderemos fazer uma reconstrução da carreira completa de Johnny.

American Recordings (1994)

No primeiro volume, reina um clima intimista, só com Johnny e seu violão. E já abrimos os trabalhos com uma retomada do início carreira de Johnny, já que ‘Delia’s Gone’ figurava no repertório do cara desde 1962 – retomada que se estende para ‘Oh Bury Me Not’, gravada pela primeira vez por Cash em 65. Também temos duas canções sobre trens – tema bastante recorrente na obra de Cash: ‘Let The Train Blow The Whistle’, composição própria, e o cover de ‘Down There By The Train’, música escrita por Tom Waits para Johnny. Podemos ainda nos deleitar com ‘Tennessee Stud’, uma interpretação ao vivo de uma canção que foi hit na voz de Eddy Arnold, em 1959. 

Os outros dois grandes destaques desse álbum, pra mim, ficam por conta de duas músicas religiosas: ‘Why Me Lord’, faixa composta por Kris Kristofferson em 1972, numa época em que ele estava a procurava de salvação; e ‘Redemption’, como o título já anuncia, coloca Cash num papel similar ao de Adão no Éden, expondo que a redenção está aberta para todos que quiserem, afinal, “you do have a choice.”

American II: Unchained

No segundo volume, Unchained, lançado em 1996, as coisas mudam um pouco: Tom Petty e seus Heartbreakers entram como banda de apoio, e além deles há mais alguns músicos que fazem participações especiais. ‘Rusty Cage’, original do Soundgarden, talvez tenha sido o maior sucesso do disco com o novo público que o primeiro disco criou. Mas certamente é quando Cash escolhe fazer versões de canções de Don Gibson (‘Sea of Heartbreak’), Jimmie Rogers (‘The One Rose’), Dean Martin (‘Memories Are Made Of This’), The Louvin Brothers (‘Kneeling Drunkard’s Plea), Roy Clark (‘I Never Picked Cotton’) e Lucky Starr (‘I’ve Been Everywhere’) que seu brilhantismo vem à tona. 

É impossível não amar Johnny por essas coisas: conferir a obra dele é como dar uma lida numa enciclopédia de referências da música country. Além dessas belas versões, há também um cover de ‘Southern Accents’, do Tom Petty, que mata a pau.

American III: Solitary Man

Com ‘Solitary Man’, que saiu em 2000, as coisas mudaram novamente: voltamos a um clima mais pessoal e, como o título indica, solitário. A faixa de abertura, ‘I Won’t Back Down’, mais um cover de Tom Petty (e que também conta com a participação do mesmo), é encarada como uma resposta de Johnny à sua própria condição de saúde, já bastante debilitada – e a interpretação é linda de morrer. 

Outro ponto forte é a faixa que dá título ao disco, uma composição de Neil Diamond lançada em 1966 e que, talvez, represente um pouco a maneira como Cash pode ter se visto durante vários momentos de sua vida. Temos, de novo, várias belas referências a clássicos. 

Aparecem representados: Frankie Laine (‘That Lucky Old Son [Just Rolls Around Heaven All Day]’), Egbert Williams (‘Nobody’, gravada originalmente – pasmem! – em 1906), David Alan Coe e Tanya Tucker (‘Would You Lay With Me [In A Field Of Stone]’), novamente os Louvin Brothers (‘Mary Of The Wild Moor’) e, por fim, ‘Wayfaring Stranger’, uma canção tradicional que já foi gravada por deus e o mundo. É importante, também, prestar atenção em outra retomada de um hábito da carreira de Cash: suas músicas também são críticas, e isso vem à tona com ‘Country Trash’, música que Johnny compôs em 1973.


American IV: The Man Comes Around

O quarto volume das American Recordings, lançado em 2002, também é, de longe, o mais bem sucedido comercialmente. The Man Comes Around é o primeiro disco de platina recebido pelo Homem de Preto e, também, o primeiro álbum dele a chegar em segundo lugar na lista de discos country da Billboard USA desde 1976. Na minha opinião, o sucesso do álbum é bastante justificado pela sua qualidade: esse é o melhor dos seis American. 

A faixa-título, que abre os trabalhos, é certamente muito boa, mas é difícil falar desse quarto volume sem começar por ‘Hurt’. Apesar de ter acabado me cansando da música – que é, normalmente, a canção que vão tocar quando alguém pedir Johnny Cash -, é impossível deixar de reconhecer que ela acabou sendo o epitáfio perfeito para uma vida como a de Johnny. Outro ponto alto certamente é a versão de ‘In My Life’, dos Beatles – um dos melhores covers já feitos de uma música do quarteto de Liverpool; além de ‘Desperado’, dos Eagles, que traz Don Henley acompanhando Cash nos vocais. 

E é claro que não podia faltar aquela parte recheada de referências às preferências musicais do nosso bom Johnny: Frederick Weatherly (com a balada irlandesa ‘Danny Boy’, que data de 1910), o lendário Hank Williams (‘I’m So Lonesome I Could Cry’), outro tema tradicional (‘Streets of Laredo’) e Vera Lynn (‘We’ll Meet Again’). E no papo de retomada da carreira de Johnny, podemos destacar ‘Tear Stained Letters’, que, pra mim, é uma das mais belas de suas músicas.

American V: Ain’t No Grave
Em 2006 saiu o primeiro dos volumes póstumos da série American… O setlist de A Hundred Highways foi escolhido entre as sobras do material gravado em 2003 – e nessas horas a gente pode notar o quanto o bom velhinho estava afim de trabalhar, porque é muito material e de muita qualidade. A Hundred… bateu seu predecessor nas tabelas da Billboard USA, chegando a primeiro tanto no country quanto na Hot 100; por enquanto ele permanece ‘só’ com disco de ouro, mas imagino que seja questão de tempo até ser agraciado com a platina. 

O disco já abre com um petardo: o anseio pela ajuda Dele permanece constante na vida de Cash, e ‘Help Me’, canção composta por Larry Gatlin e gravada por Kris Kristofferson em 72, deixa isso bastante claro.

A sequência do álbum permanece religiosa e Johnny vem nos dizer que Deus pode nos abater, quando ele canta a tradicional ‘God’s Gonna Cut You Down’; e mais pra frente ele conta sobre como começar a acreditar em poderes maiores, ao cantar a sua ‘I Came To Believe’. Mas nem só de gospel vive esse disco, ainda há versões bacanas como: ‘Further Up (On The Road)’ (Bruce Springsteen), ‘Love’s Been Good To Me’ (escrita por Rod McKuen e gravada por Sinatra, em 69) e ‘Rose Of My Heart’ (Hugh Moffatt).

 

Pra encerrar essa nossa jornada pelo final da carreira de Johnny Cash, resta apenas falar sobre American VI: Ain’t No Grave (2010). O título já explica muita coisa: nenhuma cova vai segurar o corpo de Cash – bom, talvez segure o corpo, mas não a sua alma… essa está bem viva e presente em cada canção que ele já cantou. Essa afirmação já vem com a faixa título que, como no ‘The Man Comes Around’, abre o álbum. 

A voz cavernosa e enrouquecida pela idade de Johnny soa profética quando ele canta aquelas palavras mágicas: “nenhuma cova vai segurar o meu corpo.” O outro grande gospel dessa lista é a interpretação de uma passagem da bíblia, ‘I Corinthians 15:5’. A seleção feita por Rick Rubin também mostra algumas recuperações de velhos artistas que Johnny fez em seu final: Tom Paxton (‘Can’t Help But Wonder Where I’m Bound’), Porter Wagoner (‘A Satisfied Mind’), Hank Snow (‘I Don’t Hurt Anymore’), Bob Nolan (‘Cool Water’), Ed McCurdy (‘Last Night I Had The Strangest Dream’) e Queen Lili’uokalani (‘Aloha Oe’, escrita pela havaiana em 1877 e tornada particularmente famosa por Elvis Presley, em 1961).

Bom, feita essa volta toda por esses seis discos, o que podemos dizer sobre uma carreira de mais de cinco décadas? O meu ponto é que os seis álbuns dizem muito sobre o que foi essa carreira toda. Johnny foi um músico muito inteligente, um homem controverso, muitas vezes perturbado, mas sensível como poucos e dono de uma forte religiosidade. 

Assim como nos American, sua trajetória musical inteira foi marcada pela versatilidade: flertes com o rock, com o folk e com o gospel foram constantes e definem o que é o country de Johnny Cash. E também é muito importante notar através desses flertes quem influenciou esse grande homem: prestar atenção no conjunto da obra de Cash é, também, descobrir um mundo de referências e influências muito bacanas. Basta estar aberto pra reparar nisso. Johnny com certeza é uma lenda do country e vejo que o fato de ele ser tão popular o torna a melhor porta de entrada para o estilo.

Mas, de qualquer forma, o que realmente importa dizer é o seguinte: já se passaram 10 anos e todos os seus fãs, senhor Cash, sentem a sua falta. Nós esperamos que o senhor esteja caminhando na linha junto com June, e que vocês sejam como aquele velho rapaz sortudo que só ficava passeando pelo paraíso.

 


Johnny Cash last performance at The Carter Fold full concert

Very rare footage of Johnny Cash's last show at the Carter Ranch on July 5th 2003.
June Carter Cash died on May 15, 2003, at the age of 73. June had told Cash to keep working, so he continued to record, completing 60 more songs in the last four months of his life, and even performed a couple of surprise shows at the Carter Family Fold outside Bristol, Virginia. At the July 5, 2003 concert (his last public performance), before singing "Ring of Fire", Cash read a statement about his late wife that he had written shortly before taking the stage:
" The spirit of June Carter overshadows me tonight with the love she had for me and the love I have for her. We connect somewhere between here and heaven. She came down for a short visit, I guess, from heaven to visit with me tonight to give me courage and inspiration like she always has. "

Cash died of complications from diabetes less than four months after his wife, at approximately 2:00 a.m. CT on September 12, 2003, while hospitalized at Baptist Hospital in Nashville. It was suggested that Johnny's health worsened due to a broken heart over June's death.[74][75] He was buried next to his wife in Hendersonville Memory Gardens near his home in Hendersonville, Tennessee.
Nice article about this show


quarta-feira, 19 de junho de 2013

Hank Williams Movie - Your Cheatin' Heart - 1964 - Colorized - Full Movie

The Hank Williams Story





Hank Williams - história

Ícone do country, morto aos 29 anos, Hank Williams foi a primeira estrela de verdade que caiu pelo seu estilo de vida.
 

Nascido em Mount Olive West, Alabama, em 17 de setembro de 1923, Hiriam King Williams foi o terceiro filho de Lon e Williams Lillie. Lon, um veterano da I Guerra Mundial, ficou internado num hospital durante a maior parte do início da vida de Williams, deixando o menino sob educação de sua mãe. 

Pequeno e frágil desde criança, ele sofria de espinha bífida, lesão congênita na medula espinhal. Aos 10 anos, os pais decidiram que o menino iria morar com seus tios. Tia Alice tocava guitarra e Tio J.C Mcneil bebia uísque. Ela ensinava-o a tocar guitarra, enquanto Tio Mcneil ensinava-o a beber. Williams escolheu a música como uma alternativa ao esporte. 

Enquanto vivia em Georgiana, no Alabama, ele fez amizade com Rufe Payne, um músico negro de rua conhecido como "Tee-Tot. Anos mais tarde, Williams disse que Payne havia lhe dado todo o treinamento em música que jamais teve, e a maioria dos biógrafos considera Payne a fonte do segmento de blues da música de Hank.




Aos 16 anos, vivendo em Montgomery, Williams abandonou a escola e começou sua carreira musical. Fez sua primeira aparição na rádio WSFA no final de 1936 e logo se tornou um dos artistas mais populares da estação, mudando seu nome para "Hank", pois achava que "Hiram" não funcionaria na indústria musical. Conseguiu juntar dinheiro para criar sua própria banda, a "Drifting Cowboys", que tocava em bares e fazia shows regionais. 

Até o início dos anos 40, Hank foi uma das maiores atrações da região, chamando a atenção de vários artistas de Nashville e personalidades da indústria musical. Mas sua fama como cantor vinha acompanhada do alcoolismo, as lições do tio Mcneil deram resultado. A maioria considerou-o uma aposta de risco.



Em 1943 conheceu Hank Audrey Mae Sheppard, uma garota do Alabama, que tinha uma filha de dois anos, Lycrecia, de um casamento falido. Audrey e Hank se casaram em dezembro de 1944. Ela ansiava desesperadamente ser cantora, aproveitando cada oportunidade para cantar nos shows da banda. Sua ambição, no entanto, excedia em muito o seu talento. 

Em 1946, ela acompanhou o marido para encontrar o editor Fred Rose, em Nashville.Hank tinha começado a escrever músicas mas logo depois começou a cantar, tocar violão e vender "songbooks" em suas apresentações. 

Rose estava interessado em Williams só como um escritor. Entretanto, Rose tinha planos para Hank como cantor, num projeto de gravação de quatro músicas para o rótulo "Sterling" em dezembro de 1946.



Em março de 1947, em um negócio arranjado por Rose, Hank assinou com a MGM. "Move It On Over" foi seu primeiro sucesso a entrar para a "Billboard" (a bíblia da música e lista das paradas de sucesso). Em abril de 1948, estampou outro sucesso: "Honky Tonkin". 

De volta para casa, em Montgomery, Hank parecia pronto para o estrelato. Sua popularidade regional foi maior do que nunca, agora reforçado pelo seu sucesso como cantor. Mas ele entrou num ciclo que iria perseguí-lo para o resto de seus dias. Frequentemente ele aparecia bêbado em suas apresentações ao vivo. 

Foi demitido do programa, os produtores alegaram que seu estado de saúde estava péssimo. Era cada vez mais difícil até mesmo para seus melhores amigos estarem junto com ele. Muitos, inclusive Rose, acabaram o deixando. Audrey pediu o divórcio no final de abril. 

Devido ao problema de coluna, Hank também estava viciado em morfina e outros tipos de calmantes.



A história do Hank poderia facilmente ter terminado aí. Mas ele acabou retomando o contato com Rose, que começou a procurar uma maior exposição para Williams. 

Alguns produtores ainda estavam cautelosos, mas a rádio KWKH, em Shreveport, Louisiana, estava interessada na estrela emergente para seu programa de sábados à noite, o "Hayride Louisiana", e Hank se juntou ao show em agosto. "I'm a Long Gone Daddy" atingiu a sexta posição da Billboard, e "Mansion on the Hill" chegou em quinto.



Quase 60 anos depois, em um mundo onde o ícone de hoje talvez não seja do amanhã, é difícil imaginar uma canção que ocupa o primeiro lugar nas rádios por dezesseis semanas. "Lovesick Blues", disseram, era mais suscetível a prejudicar sua carreira do que melhorá-la. 

Hank era insistente e a canção foi lançada em fevereiro de 1949, chegando em primeiro lugar no começo de maio. E, de repente, Hank Williams era grande.



Com o sucesso veio maior liberdade criativa. Hank continuou escrevendo músicas e gravando, mergulhando em temas religiosos e uma série de recitais sob o pseudônimo "Luke the Drifter". Hank, o escritor, muitas vezes parecia preocupado com a mortalidade e a futilidade das relações humanas. 

Aqueles que o conheciam podiam ver facilmente os paralelos da vida real em canções como "You're Gonna Change" e "Cold, Cold Heart". Claramente era um homem exibindo seus demônios para que todos possam ver. Hank não precisava interpretar canções tristes, ele só tinha de cantar com o coração.




Por um tempo, a fama e a fortuna afastaram as conseqüências de seu estilo de vida autodestrutivo. Em meados de 1952, no entanto, sua vida estava chegando ao limite. Arruinado pela dor nas costas, ele era dependente de álcool e morfina. Muitas vezes estava ausente ou muito bêbado para se apresentar. 

Em suas últimas semanas, Hank estava irremediavelmente fora de controle. Depois da meia-noite no dia de Ano Novo de 1953, dormindo no banco de trás de seu Cadillac em rota para um show, Hank Williams cumpre a profecia de sua música "I'll Never Get Out of This World Alive" (Eu nunca deixarei este mundo vivo). 

Hank morreu com 29 anos. Iria viajar, mas perdera o avião naquele dia devido a problemas metereológicos. Contratou um chofer para dirigir seu carro e pediu que lhe aplicassem uma injeção de morfina. Morreu sentado atrás de seu carro, com ele estavam duas latas de cerveja e um manuscrito de uma composição inédita.



Três das gravações Hank atingiram o topo das paradas no ano seguinte à sua morte. Em 1954, a sua voz silenciada terrena, o homem frágil e jovem do Alabama foi apenas uma lenda. 

Mas em seus últimos poucos anos tórrido, ele havia mudado para sempre a música country e o seu legado musical continua a ser a sua pedra angular.


 
A vida de Hank Williams foi contada na cinebiografia "Your Cheatin' Heart" - produção de 1964 - estrelada por George Hamilton no papel de Hank.

 
Hank foi um poeta moderno, cantou os dilemas da vida como poucos fizeram. Sofreu – também – como poucos. Seus sentimentos podem ser claramente vistos quando nos deparamos com uma canção como essa:

Take these chains from my heart

Take these chains from my heart and set me free
You’ve grown cold and no longer care for me
All my faith in you is gone but the heartaches linger on
Take these chains from my heart and set me free

Take these tears from my eyes and let me see
Just a spark of the love that used to be
If you love somebody new let me find a new love too
Take these chains from my heart and set me free

Give my heart just a word of sympathy
Be as fair to my heart as you can be
Then if you no longer care
For the love that’s beating there
Take these chains from my heart and set me free

Take these chains from my heart and set me free
You’ve grown cold and no longer care for me
All my faith in you is gone but the heartaches linger on
Take these chains from my heart and set me free.
 

Tire essas correntes do meu coração
Tire essas correntes do meu coração e me liberte
Você se tornou fria e não se importa mais comingo
Toda minha fé em você se foi mas as tristezas permanecem
Tire essas correntes do meu coração e me liberte

Tire essas lágrimas dos meus olhos e deixe-me ver
Apenas uma faísca do amor que havia
Se voce tem um novo amor, deixe-me achar um também
Tire essas correntes do meu coração e me liberte

Dê ao meu coração ao menos uma palavra de compaixão
Seja tão justa com meu coração como você possa ser
Então se você não se importa mais com o amor que está batendo lá
Tire essas correntes do meu coração e me liberte
 

Curiosidades:
  • Seus filhos, Hank Williams Jr. e Jett Williams, e seus netos Hank Williams III, Holly Williams e Hilary Williams também são cantores. 
  • Influenciou muita gente, como George Thorogood que chegou a gravar uma música sua: o hit de 1947, "Move It On Over". 
  • Em Montgomery, Alabama, onde Williams iniciou sua carreira, fizeram sua estátua em tamanho real.











quinta-feira, 13 de junho de 2013

Let's Go Instro (V/A)


Let's Go Instro! /V/A)
32 temas de rock / surf / hot rod instrumental da década de 60, incluindo muitas faixas obscuras gravadas por pequenas editoras da época, bem como algum material não editado. Entre muitos dos excelentes grupos aqui apresentados, podemos destacar, The Sandells, The Invaders, The Electras, The Majestics, The Roulettes, The Shifters, entre outros. 
Faixas / Track Listing: 
The Sandells : Out Front 
The Panics : Love Riot Bob 
Manuel and The Runagades : Skateboard 
Bobby Williams and The Flairs : Let's Go 
Skiles Brothers : Theme From T.C. 
Alan Pierce and The Tone Kings : Swampwater 
The Shifters : Count Down 
Adrian and The Sunsets : Breakthrough 
The Abstracts : Abstract Limited 
The Intruders : Rockamaroll 
The Invaders : Rawhide 
The Invaders : Jumpin' Jivin' Chord Progression 
Sherwin Linton and The Cotton Kings : Orange Blossom Special 
The DeVestas : Wham 
The Roulettes : Surfer's Charge 
The Majestics : Jaguar 
The Majestics : Blue Feeling 
Night Owls : That's It 
Bobby and The Belmonts : Drum Dog 
The Speckulations : Walking Fast 
The Destinys : What's Up 
Aleong and The Nobles : Gun and Surf 
Aleong and The Nobles : Hiawatha 
The Electras : Electra 
The Electras : Yellow Jacket 
The Vectors : Downhill 
The Mosriters : Turmoil 
Charlie Aldrich and The Wayouters : Scroungy Man 
The Egyptians : Party Stomp 
The Egyptians : Inkster Boogie 
Rasin : Rasin' 
Phil and The Girls-Billy : Trying. 

Álbum gentilmente cedido pelo nosso amigo Luís Futre, a quem agradecemos.

The Esquires - Introducing The Esquires (LP 1964)


The Esquires - Introducing The Esquires (LP Capitol T-6075, Agosto de 1964 - Ottawa, Ontario/Canada).

The Esquires foi uma banda canadiana, sediada em Ottawa , activa entre 1962 e 1967. Em 1964, a banda notabilizou-se quando venceu o primeiro prémio RPM Award, o predecessor de Juno Award, no Canadá , como o melhor grupo vocal e instrumental deste país.
 
Da formação inicial do grupo faziam parte, o vocalista Bob Harrington, o baixista Clint Hierlihy, o baterista Richard Patterson e os guitarristas Gary Comeau e Paul Huot que formaram The Esquires, em 1962. Em 1964, o vocalista Bob Harrington foi substituído por Don Norman. 
 
Esta banda canadiana (não confundir com um grupo de doo-wop de Chicago, com o mesmo nome) assinou contrato com a Capitol Records do Canadá em 1963. Considera-se assim que The Esquires terá sido uma das primeiras bandas canadianas de rock a fazê-lo com uma grande gravadora., tendo em seguida lançado o single "Atlantis", no mesmo ano. 
Eles editaram uma série de singles e tiveram um grande êxito que foi "So Many Other Boys" (1964) assim como lançaram também o seu único álbum, "Introducing The Esquires". 
 
The Esquires foram fortemente influenciados por Cliff Richard e The Shadows, e o guitarrista Gary Comeau poderia imitar na perfeição o estilo (de guitarra) de Hank Marvin/The Shadows, nota por nota.
O grupo iria desenvolver o seu próprio estilo e som durante o ano de 1966. 
 
Os Esquires, foram suficientemente bons e notáveis para fazerem a abertura dos espectáculos de alguns dos principais artistas da época, incluindo The Rolling Stones, The Beach Boys, The Dave Clark Five e outros ao mesmo nível. 
De modo a promover o grupo, a Capitol preparou um cartaz nas lojas, para publicitar o seu único LP, em Agosto de 1964. 
 
A banda terminou em 1967.
Faixas / Tracklist:
A1 Wonderful Land (Lordan)
A2 Rhythm Shoes (D. Norman, G. Comeau)
A3 A Touch Of Blue (G. Comeau, P. Huot)
A4 Which Way The Wind Blows (Meeharp/Stellman)
A5 Man From Adano (Dave Britten)
A6 Unchained Melody (Alex North, Hy Zaret)
A7 Walking Proud (Joe Simmons/Gordon Evans, Goffin And King)
B1 Buddy Holly Medley:  a) Tribute To Buddy (Goddard), b) Peggy Sue (Holly, Allison, Petty), c) That'll Be The Day (Holly), d) Think It Over (Buck Owens)
B2 The Girls (Bruce Welch, Hank Marvin)
B3 Tragedy (Fred Burch, Gerald Nelson)
B4 36-24-36 (Bruce Welch, Hank Marvin)
B5 My Blue Heaven (Whitney, Donaldson)
B6 Rave (Blackwell)
LP gentilmente cedido pelo nosso amigo Steve Ray, a quem agradecemos.

Jump,Jive and Harmonize - Teenage Shutdown (1964-1967 - V.A.)

Jump, Jive and Harmonize (18 Pounding, Pulverizing, All-Out Garage Punk Dance Ravers - 1964/67) – V/A
Compilação que reúne 18 faixas com alguns dos melhores grupos de garagem e R’n’B dos EUA, que gravaram essencialmente em singles, entre 1964 e 1967, incluindo faixas interpretadas por The Midniters, Jolly Green Giants, The Us Four, Baby Huey and The Babysitters, The Esquires e muitos outros. 

Faixas / Tracklist:
A1 The Midniters – Jump, Jive, And Harmonize (J. Espinoza, R. Marquez, W. Garcia) - 2:20 
A2 Jolly Green Giants – Busy Body (R. L. Johnson) - 2:04 
A3 Five Americans – Slippin' And Slidin' - 1:55 
A4 The Us Four – The Alligator - 2:48 
A5 The Incrowd – Set Me Free - 1:55 
A6 Cobras – I Wanna Be Your Love (Levitt, Levitt) - 2:57 
A7 Count And The Colony – Can't You See (B. Burden, D. Brown) - 2:37 
A8 Del Shannon – Move It On Over  - 2:58 
A9 Jimmy Stokely and The Exiles – It's Alligator Time  - 2:19 
B1 Los Shains – El Monstruo  - 2:21 
B2 Baby Huey and The Babysitters – Monkey Man (arranjos por J. B. Kargman, John W. Ross) - 2:30 
B3 The Shandells - Gorilla (Coggins, Gottheardt) - 2:50 
B4 Centurys – 83 (Billy Beard) - 2:27 
B5 The Esquires - Come On, Come On (Snellings, Horne) - 1:40 
B6 The Preachers - Who Do You Love ( E. McDaniels) - 2:11 
B7 Mr. Lucky And The Gamblers – Take A Look At Me  - 2:52 
B8 The Groupies - Hog - 2:55 
B9 The Human Beings - Ain't That Lovin' You, Baby -   2:37 
LP gentilmente cedido pelo nosso amigo Paul “Hippie” Joe, a quem agradecemos.

Brian Poole and The Tremeloes - Twist And Shout (LP)

 


Brian Poole And The Tremeloes - Twist And Shout (LP London 24020, 1983). 
Brian Poole and The Tremeloes - Twist And Shout, é uma excelente compilação que reúne alguns dos maiores êxitos do grupo e alguns temas menos conhecidos.

Twist and Shout é uma canção escrita por Phil Medley e Bert Russell. A primeira gravação da canção foi interpretada pelos The Topnotes, mais tarde regravada pelos The Isley Brothers e depois pelos Beatles, com John Lennon como voz principal, lançada pela banda no seu primeiro álbum Please Please Me. 
 
A canção também foi regravada pelos The Mamas and The Papas (ao estilo balada) em 1967 no álbum Deliver.

Em 1962 a Decca Records assinou contrato com The Tremeloes, um grupo de Dagenham, Essex. Tanto The Beatles como The Tremeloes tiveram uma audição no mesmo dia, e os Beatles foram rejeitados pela gravadora. Ironicamente, Brian Poole and the Tremeloes não tinham nenhum sucesso até que os Beatles deram início ao "boom" britânco do rock. 
 
Assim, o grupo Brian Poole and the Tremeloes imitou o estilo deles e regravou "Twist and Shout" quatro meses após os Beatles, atingindo os tops de sucessos do Reino Unido.

The Tremeloes é uma banda de rock britânica formada em 1958 em Dagenham, Essex por Brian Poole (vocalista), Ricky West (guitarra), Alan Blakely (teclados), Alan Howard (baixo) e Dave Munden (bateria).
 
Em 1962, fizeram um teste na Decca, competindo com um outro grupo por um contrato de gravação. The Tremeloes foram aprovados, enquanto a outra banda, The Beatles, seria dispensada...
 
Conseguiram atingir alguns hits nas paradas musicais do Reino Unido durante a década de 60, embora jamais tenham conseguido superar novamente os seus "rivais" de estúdio.
 
Apesar de passar por diversas alterações à sua formação inicial, a banda continuou a gravar e a apresentar-se ocasionalmente.

Faixas / Tracklisting: 
1. Twist Little Sister
2. Keep On Dancing
3. Twist And Shout
4. Do You Love Me?
5. I Can Dance
6. Candy Man
7. Twistin' The Night Away / Things / Return To Sender (medley)
8. Don't Ever Change / Let's Twist Again / The Loco-Motion (medley)
9. Till The End Of Time
10. Twelve Steps To Love
11. The Three Bells (The Jimmy Brown Story)
12. I Want Candy
13. Hey Girl
14. Someone, Someone
15 - Run Back Home (bonus)
LP gentilmente cedido pelo nosso amigo Steve Ray, a quem agradecemos.